Há os que dizem que ninguém é insubstituível.
Que quando chega, a morte nos apaga e apaga nossos rastros mais cedo ou mais tarde.
Nossa condição de ser insubstituível prevalece por pouco tempo e nos tornamos apenas reproduções de som e imagem, ou palavras mortas sobre o papel ou sobre a pedra, nos livros de história, nos museus.
Quando desaparecemos, o que fazíamos poderá ser feito por outros, o que dizíamos poderá ser dito por outros.
Pronto, tudo resolvido.
A vida continua, o mundo continua a girar.
Verdade?
Mentira.
Não há dois dias iguais.
Um sucede o outro, mas não o substitui.
Porque cada dia é único.
Assim como na sinfonia, onde uma nota sucede outra, mas não a substitui, sempre seremos sucedidos nunca substituídos.
Porque nossa vida é única.
Porque cada pessoa é única.
Porque tudo o que geramos revela a nossa autoria, como se fosse assim uma espécie de marca.
Indelével, singular.
Um filho, um livro, um quadro, uma idéia, um sentimento, uma palavra.
"Cada um de nós pode ser insubstituível.
Ser insubstituível, sim, por que não?
Um ser insubstituível não por arrogância, nem por posses, nem por dotes físicos ou intelectuais.
Ser um insubstituível ser simplesmente pelas emoções criada e pelos valores agregados em sua volta.
Ser um insubstituível ser pela renúncia à mediocridade, pela fuga do vazio, pelo abandono da irrelevância.
Poderíamos ser todos insubstituíveis seres, pela energia positiva que transmitimos às outras pessoas, pela vibração produzida por nossos sentimentos, pelos nossos exemplos e atitudes, pelo nosso esforço admirável de passar por esta vida deixando marcas de excelência como se fossem rastros de luz.
Sejamos todos insubstituíveis.
Eu para você e você para mim.
Uns para os outros. Cada um para todos."
(Do Livro "Crônicas do Entardecer" da Green Forrest do Brasil- Arnaldo Pereira Ribeiro, página 167)
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